1º Grande Trail Serra D'Arga
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LA Sportiva Marathon Running 42km 5000m D Ac
No sábado dia 22 de Outubro, duas semanas após ter completado o K42 na Serra da Lousã, dirigi-me para Caminha, a fim de tomar parte dum fim-de-semana composto pelas Jornadas Técnicas do Trail no sábado à tarde e pela Maratona LA Sportiva, no domingo de manhã, eventos organizados pelo Carlos Sá, um dos nossos melhores trailistas da actualidade (8º na Marathon des Sables e 5º no UTMB).
A fim de partilharmos companhia e despesas, fui para cima junto com o Renato Velez, o Gonçalo Cardoso e o Paulo Santos, que se revelaram uma excelente companhia, divertidos e animados durante todo o caminho.
Chegámos mesmo no início das jornadas, e assim tivemos a oportunidade de ouvir o relato do Jorge Serrazina acerca da sua epopeica participação nos 333 kms do Tor des Geants, seguida da inspiradora crónica do Carlos Sá versando a sua participação na Marathon des Sables em 2011. Depois tivemos ainda a oportunidade de ouvir uma excelente apresentação do Paulo Pires, treinador do Carlos, que nos ensinou uma série de conceitos do treino de atletismo, seguida de uma apresentação igualmente interessante, sobre medicina desportiva, pela Drª Maria Cunha.
Por fim fomos servido com a muito aguardada pièce de résistance, sob a forma de um dinâmico diálogo que o João Garcia, emérito Alpinista e conquistador dos 10 picos mais altos do mundo, manteve com a assistência, demonstrando uma superior inteligência e grande perícia no contacto com o público.
Durante as jornadas tive o enorme prazer de reencontrar muitos dos companheiros habituais destas andanças.
Após as jornadas fomos jantar um esparguete à bolonhesa, como manda a praxe. No restaurante, ao vermos passar suculentas e abundantes refeições de peixe e carne, ainda fumegantes e cheirosas, enquanto olhávamos acabrunhados para o desenxabido esparguete que nos tinha caído no prato, sentimo-nos algo... como dizer... tótós!
A malta do norte lá no restaurante devia estar toda a pensar: "olha só para estes morcões, nem para comer servem..."
Para dormir tivemos a boa sorte de beneficiar da excelente hospitalidade do Paulo Ramos, que nos arranjou espaço na sua casa.
No dia seguinte acordámos bem cedo para estarmos presentes em Dem antes das 7h30 a fim de fazermos o controle inicial. Foi-se juntando gente no recinto da partida, todos agasalhados com corta-ventos ou impermeáveis, que a meteorologia não se anunciava nada favorável.
Paulo Jorge Rodrigues, Gonçalo Cardoso e Luís Ferreira, na zona de partida |
À oitava badalada da torre da Igreja é dada a partida e lá arrancamos nós para mais uma aventura pelos trilhos da montanha, desta feita na Serra D'Arga. Logo à saída de Dem apanhámos a primeira parede, de cerca de 3 km, muito inclinada e exigente. Eu sigo o Gonçalo, numa fila interminável de atletas que sobem a passo, serpenteando pela serra acima. A subida foi árdua e feita debaixo de uma chuva miudinha e vento que se começava a anunciar as rajadas de 120 kms que a previsão da véspera tinha prometido.
Chegados ao topo, corremos um pouco em terreno aberto e iniciámos a primeira descida pelos estradões romanos, a abrir por ali abaixo. Mantivemos um ritmo intenso, o Gonçalo e eu, enquanto ultrapassávamos alguns atletas. Passámos alguns abastecimentos, bem providos, e a cerca de um quarto da prova passámos pelo Mosteiro S. João de Arga, situado num local belíssimo. Por esta altura já o Gonçalo me tinha deixado para trás. Depois embrenhámo-nos pela floresta e lá fomos seguindo as fitas sinalizadoras. O tempo ia oscilando, entre frio, chuva intensa e vento forte em lugares mais abertos, ou maior calor e menos chuva noutros locais. Tão depressa vestia o corta-vento como de seguida o despia.
Após o rio (com pedras escorregadias e perigosas, mas apenas numa curta extensão), subimos e apanhámos um troço de estrada antes de S. Lourenço, onde se encontrava a meta da Meia Maratona. Foi aí que me cruzei com alguns atletas que vinham em sentido inverso, o que me deixou bastante baralhado, até que por fim percebi que a Maratona tinha sido interrompida no Km 20 devido às adversas condições meteorológicas. Ainda fiz um último quilómetro em sprint e cheguei assim a uma meta inesperada. Apesar da desilusão por não poder completar a prova principal, reconheço que foi uma decisão acertada por parte da organização, pois continuar naquelas condições de má visibilidade e piso escorregadio poderia vir a tornar-se bastante perigoso.
Para gastar as energias que tínhamos em reserva para os 22 km finais, resolvemos voltar a Dem pela estrada, o que levou cerca de 11 kms até que por fim chegámos ao pavilhão do almoço, completamente encharcados e a tiritar de frio. Aí beneficiámos de um revigorante almoço que nos aqueceu o corpo e o espírito.
Não pudemos ficar para a cerimónia de entrega de prémios e por isso voltámos logo para Leiria, Lisboa e Setúbal. A viagem de volta foi igualmente divertida e parámos em Esposende para repor calorias comendo uns pasteis bem apetitosos.
Em jeito de conclusão, gostaria de afirmar que gostei muito da experiência e que o Carlos Sá está de parabéns por ter montado uma organização impecável. Para o ano conto voltar para desta vez completar a prova de 42 Km.
Chegados ao topo, corremos um pouco em terreno aberto e iniciámos a primeira descida pelos estradões romanos, a abrir por ali abaixo. Mantivemos um ritmo intenso, o Gonçalo e eu, enquanto ultrapassávamos alguns atletas. Passámos alguns abastecimentos, bem providos, e a cerca de um quarto da prova passámos pelo Mosteiro S. João de Arga, situado num local belíssimo. Por esta altura já o Gonçalo me tinha deixado para trás. Depois embrenhámo-nos pela floresta e lá fomos seguindo as fitas sinalizadoras. O tempo ia oscilando, entre frio, chuva intensa e vento forte em lugares mais abertos, ou maior calor e menos chuva noutros locais. Tão depressa vestia o corta-vento como de seguida o despia.
Após o rio (com pedras escorregadias e perigosas, mas apenas numa curta extensão), subimos e apanhámos um troço de estrada antes de S. Lourenço, onde se encontrava a meta da Meia Maratona. Foi aí que me cruzei com alguns atletas que vinham em sentido inverso, o que me deixou bastante baralhado, até que por fim percebi que a Maratona tinha sido interrompida no Km 20 devido às adversas condições meteorológicas. Ainda fiz um último quilómetro em sprint e cheguei assim a uma meta inesperada. Apesar da desilusão por não poder completar a prova principal, reconheço que foi uma decisão acertada por parte da organização, pois continuar naquelas condições de má visibilidade e piso escorregadio poderia vir a tornar-se bastante perigoso.
Para gastar as energias que tínhamos em reserva para os 22 km finais, resolvemos voltar a Dem pela estrada, o que levou cerca de 11 kms até que por fim chegámos ao pavilhão do almoço, completamente encharcados e a tiritar de frio. Aí beneficiámos de um revigorante almoço que nos aqueceu o corpo e o espírito.
Não pudemos ficar para a cerimónia de entrega de prémios e por isso voltámos logo para Leiria, Lisboa e Setúbal. A viagem de volta foi igualmente divertida e parámos em Esposende para repor calorias comendo uns pasteis bem apetitosos.
Em jeito de conclusão, gostaria de afirmar que gostei muito da experiência e que o Carlos Sá está de parabéns por ter montado uma organização impecável. Para o ano conto voltar para desta vez completar a prova de 42 Km.
Na meta dos 20 km, em S. Lourenço, com a Manuela Machado |
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