9º Challenge Openwater ANE
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No domingo dia 18 de Setembro realizou-se na barragem de Castelo de Bode, junto à Aldeia do Mato, a 9ª edição do Challenge ANE.
Trata-se de uma competição incluída no XX Circuito Vale do Tejo de Águas Abertas e organizada pela Associação de Nadadores dos Estoris, da qual já fui sócio nos longínquos idos de 2002/2003. Daí também a minha preferência por esta prova em particular, por conhecer o profissionalismo da organização.
O programa era composto por provas de 10 km, 5 km, 1.5 km para Federados e uma prova de 1.5 km de divulgação. Foi nesta última que me inscrevi, na expectativa de passar um domingo diferente do habitual e matar saudades da natação em águas abertas.
Domingo levantei-me bem cedinho e lá me dirigi, juntamente com a família, para a Aldeia do Mato, a 140 km de casa. O dia estava ensolarado, se bem que muito ventoso.
Feito o check-in na organização e tendo recebido o numero 171 marcado a caneta nos ombros, mãos e costas (aqui não há dorsal e é proibida a utilização de fato isotérmico), dirigi-me para a zona do briefing. Pouco depois tinha início a prova de 1.5 km para federados e 5 minutos depois teria início a prova de divulgação. A água estava a uma temperatura agradável de cerca de 24ºC, boa para nadar. O vento causava alguma ondulação mas pouco significativa.
Foi dada a partida e lá começámos, 76 participantes, tentando dirigirmo-nos para a bóia amarela que, com dificuldade, vislumbrávamos lá ao longe. Uma das dificuldades técnicas da natação de águas abertas é precisamente a orientação, uma vez que temos os olhos ao nível da água e torna-se difícil avaliar se estamos a fazer um percurso em linha recta ou se, pelo contrário, percorremos distâncias maiores do que seria necessário. Muitas vezes seguimos apenas os que vão à nossa frente sem a certeza que eles mesmos estejam no caminho certo (os barcos de apoio fornecem pontos de referência adicionais, sobretudo para os primeiros). O percurso dos 1.5 km estava balizado com 3 bóias amarelas que delimitavam um trajecto triangular.
Os primeiros 100 a 200 metros são algo caóticos com nadadores a atropelarem-se enquanto tentam progredir na água. A partir daí, fui a controlar o meu andamento, pois sabia que a minha fraca preparação para uma prova destas (nado apenas uma ou duas vezes por semana, com treinos de 2000 m), para além da minha deficiente técnica de natação, não me permitiria forçar muito ou corria o risco de rebentar a meio.
Esta economia de esforço permitiu-me chegar bem ao fim e cruzar a meta ao mesmo ritmo do início, em 25’10’’, no 48º lugar, 3º do escalão (só éramos 6). O vencedor cortou a meta em 17’04’’.
Gostei muito de fazer esta prova, em que a organização correspondeu plenamente às minhas expectativas, e no próximo ano tenciono participar em mais.
Nas provas dos 5 km e dos 10 km estiveram presentes os campeões do costume, tendo a prova de 10 km (distância olímpica) sido ganha pelo Arseniy Lavrentyev (que foi 22º nos Jogos Olímpicos de Pequim) em 1h47:56.
Depois da prova almoçamos num bonito restaurante com vista para a barragem, o “Sabor da Pedra” em Alverangel. Apreciámos um bacalhau assado e umas belas espetadas de carne maronesa, que estavam uma delícia. Por fim foi hora de voltar para casa, depois de um dia bem passado.
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