III Ultra Trail Geira / Via Nova Romana - Recordações
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E lá completei o meu primeiro Ultra Trail (na verdade foi simultaneamente o meu primeiro Trail e a minha primeira Ultra). Que posso dizer eu? Numa fra
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«E lá completei o meu primeiro Ultra Trail (na verdade foi simultaneamente o meu primeiro Trail e a minha primeira Ultra). Que posso dizer eu? Numa frase: foi um desafio planeado com uma enorme expectativa, que conseguiu ser excedida.
Tendo pernoitado em Caldelas, uma agradável estância termal no coração do Minho, acordei no domingo com a adrenalina a bombear a 300 à hora. Tomei um pequeno-almoço frugal às 6h15 no Hotel e depois dirigi-me a pé para o local da partida dos autocarros que nos levariam a Baños de Rio Caldo, Lóbios, em Espanha.
Depois das "Formalidades Romanas" executadas por elementos da organização vestidos a preceito (não fosse esta a corrida da Via Nova Romana), foi dado o sinal de partida, às 9h05. Um subgrupo substancial dos 130 participantes que alinharam à partida arrancou tão depressa que eu pensei que a coisa ainda ia acabar mal. Depois de um primeiro km a 4'58'' pareceu-me que esse não era o ritmo adequado para correr os 51km que tinha pela frente. Assim adequei o meu ritmo à subida que se estendia perante mim (7km a subir dos 378m até aos 762m na fronteira). Depois fui gerindo o esforço o melhor que pude.
O calor foi muito; a paisagem foi de cortar a respiração (as subidas também...); a "tecnicidade" do percurso foi alta para quem nunca tinha feito nada do género, como eu - ou seja, muitas pedras, calhaus e cursos de água para saltar por cima - senti-me como se tivesse passado metade do tempo a subir e descer escadarias de pedra; mas a camaradagem entre companheiros de prova foi para mim a tónica mais relevante desta empreitada.
Pouco depois do 8º km juntei-me a um companheiro que corria ao mesmo ritmo que eu e a partir daí seguimos o restante caminho a apoiarmo-nos mutuamente. Sem o apoio do Luís Freitas teria tido muita dificuldade em me aguentar a correr os últimos 10 km. Aqui vai um grande bem hajas para ele! No fim acabámos ambos em simultâneo, em 5h40m, para selar a amizade que se foi cimentando pelo caminho.
De resto a organização foi boa, com muitos e abundantes abastecimentos de liquidos e sólidos, o que foi essencial para que não sucumbisse à desidratação.
Confesso que cheguei ao fim completamente esgotado. Já não tinha nem pernas nem pulmões para mais. Correr em trilhos é muito mais cansativo do que correr em estrada. Tudo somado foi uma experiência inesquecível, a repetir sem dúvida. O sentido de aventura é inexcedível.
Deixo algumas fotos representativas, com o Luís Freitas (nº31) e com o César.»
Tendo pernoitado em Caldelas, uma agradável estância termal no coração do Minho, acordei no domingo com a adrenalina a bombear a 300 à hora. Tomei um pequeno-almoço frugal às 6h15 no Hotel e depois dirigi-me a pé para o local da partida dos autocarros que nos levariam a Baños de Rio Caldo, Lóbios, em Espanha.
Depois das "Formalidades Romanas" executadas por elementos da organização vestidos a preceito (não fosse esta a corrida da Via Nova Romana), foi dado o sinal de partida, às 9h05. Um subgrupo substancial dos 130 participantes que alinharam à partida arrancou tão depressa que eu pensei que a coisa ainda ia acabar mal. Depois de um primeiro km a 4'58'' pareceu-me que esse não era o ritmo adequado para correr os 51km que tinha pela frente. Assim adequei o meu ritmo à subida que se estendia perante mim (7km a subir dos 378m até aos 762m na fronteira). Depois fui gerindo o esforço o melhor que pude.
O calor foi muito; a paisagem foi de cortar a respiração (as subidas também...); a "tecnicidade" do percurso foi alta para quem nunca tinha feito nada do género, como eu - ou seja, muitas pedras, calhaus e cursos de água para saltar por cima - senti-me como se tivesse passado metade do tempo a subir e descer escadarias de pedra; mas a camaradagem entre companheiros de prova foi para mim a tónica mais relevante desta empreitada.
Pouco depois do 8º km juntei-me a um companheiro que corria ao mesmo ritmo que eu e a partir daí seguimos o restante caminho a apoiarmo-nos mutuamente. Sem o apoio do Luís Freitas teria tido muita dificuldade em me aguentar a correr os últimos 10 km. Aqui vai um grande bem hajas para ele! No fim acabámos ambos em simultâneo, em 5h40m, para selar a amizade que se foi cimentando pelo caminho.
De resto a organização foi boa, com muitos e abundantes abastecimentos de liquidos e sólidos, o que foi essencial para que não sucumbisse à desidratação.
Confesso que cheguei ao fim completamente esgotado. Já não tinha nem pernas nem pulmões para mais. Correr em trilhos é muito mais cansativo do que correr em estrada. Tudo somado foi uma experiência inesquecível, a repetir sem dúvida. O sentido de aventura é inexcedível.
Deixo algumas fotos representativas, com o Luís Freitas (nº31) e com o César.»
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