Nick Cave
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© Luis Matos Ferreira |
(I’ll Love You) Till the End of the World
I mean, if you can just picture it:The whole third floor of the hotel gutted by the blastAnd the street below showered in shards of broken glass
(I’ll Love You) Till the End of the World
Nick
«Se há músicos que dispensam apresentações, o australiano Nick Cave é certamente um deles. Acompanhado dos Bad Seeds, é responsável por algumas das actuações ao vivo mais memoráveis que já vimos em Portugal. Quem já viu, sabe que não pode perder o concerto no MEO KALORAMA. Quem nunca viu, que vá preparado.
Criados depois do fim dos The Birthday Party, em 1982, até à data a banda editou 17 álbuns, desde "From Her to Eternity" em 1984, até ao mais recente "Ghosteen", considerado um dos melhores discos de sempre da banda.
Uma das bandas mais aclamadas pela crítica, Nick Cave & The Bad Seeds já venderam mais de 5 milhões de álbuns no mundo inteiro.»
https://meokalorama.pt/pt/artistas/nick-cave-the-bad-seeds
Nick Cave
Os elementos da banda mudam-se para Berlim, onde acabam por se separar em 1983. Aqui, surgem os Nick Cave & The Bad Seeds, aproveitando alguns elementos da banda anterior e adicionando Blixa Bargeld.
A par da edição dos primeiros álbuns da banda, Nick Cave edita o seu primeiro livro - And the ass saw the angel (1989) - e colabora com Wim Wenders, criando o fundo musical para alguns dos seus filmes.
Este foi um período com temas fortes que refletiam a sua poesia, a sua raiva e angústia, mas referindo sempre a beleza da alma e ao mesmo tempo com enormes referências bíblicas.
Em 1996 chega Murder Ballads, um álbum que lida com o tema da morte e que marca uma viragem na sua carreira, adotando um tom mais melódico, pondo de lado a raiva e a angústia. A música é mais melódica, harmoniosa e calma que a dos álbuns antecedentes, contudo, Cave nunca comprometeu o seu talento musical.
Mas Nick Cave não procura o reconhecimento público. Em 1996, quando foi nomeado para um "MTV Award", pediu para que retirassem o seu nome, pois não se considerava um cavalo de corrida, pois "sentia que era o seu dever proteger a sua musa das influências que possam danificar a sua frágil estrutura" (em carta à MTV). Cave permanece uma figura de culto na cena da música alternativa. A beleza da sua voz e composições tornaram-se referência obrigatória.
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$nick-cave
A primeira vez que tomei contacto com a música de Nick Cave foi através do filme "As asas do desejo" de 1987, realizado por Wim Wenders.
Até essa história tem a sua graça. Foi no meu primeiro ano do Instituto Superior Técnico, em 1987, quando eu ia mais à piscina e ao cinema do que às aulas. Fui sozinho ao cinema Quarteto, que passava esse tipo de filmes. Cheguei à bilheteira e pedi um bilhete. Só que comecei contar as moedas e não tinha dinheiro suficiente. A senhora disse-me o seguinte: "tenho um filho da sua idade." E aí tirou um daqueles cartões que se carimbavam por cada ida ao cinema, e carimbou o cartão todo. Deu-me o cartão e disse: "agora dê cá novamente o cartão". E pronto, deu-me um bilhete para ir ver o filme. Um dos meus filmes favoritos até hoje.
O Nick Cave surge nesta cena inesquecível:
Logo no ano seguinte, 1988, fui vê-lo ao vivo, no então Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo Sétimo, em Lisboa.
Foi um concerto inesquecível. Logo aí tomei contacto com o magnetismo irresistível do Nick. O homem tem uma presença em palco inultrapassável.
Por variadas razões não o voltei a ver ao vivo. As mais recentes devido à pandemia do Covid-19.
Mas fui colecionando todos os álbuns que ele editava e ainda mais algumas compilações e raridades:
Finalmente este ano surgiu a possibilidade de o voltar a ver ao vivo, após 34 anos. Não hesitei e comprei imediatamente o bilhete para o festival.
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