Andorra Ultra Trail VallNord - Ronda dels Cims 2019 - S02E03

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"Success consists of going from failure to failure without loss of enthusiasm." 

- Winston Churchill


"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou. Ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita."

- Coríntios 13, 1-3





Nunca é demais afirmar o seguinte: para se atingir um objectivo, a preparação é fundamental. E para manter a constância na preparação, a paixão é essencial.



O meu objetivo principal para o ano de 2019 é muito ambicioso: nada mais nada menos do que completar os desafiantes 170 km & 13.500 m D+ do Andorra Ultra Trail - Ronda dels Cims:






Conforme já expliquei no meu post anterior:


Andorra Ultra Trail VallNord - Ronda dels Cims 2019 - S02E02 



... o treino divide-se em mesociclos compostos por 4 microciclos de uma semana cada. Aumenta-se a carga (distância e altimetria) em crescendo até ao 4º microciclo e depois volta-se a baixar no início do mesociclo seguinte.  





Gosto de registar todos os treinos, para comparar a performance em prova com a preparação efetuada, e assim ser o mais rigoroso e "cientifico" possível.

Eis aqui um gráfico com todos os Mesociclos realizados desde que comecei a correr em meados de 2008:




Mesociclos mensais: esforço total = Corrida + Bike/3 + 4xNatação & Total Desnível positivo


Ou medido segundo a definição de esforço da ITRA: km-effort = Km + (D+)/100




O ponto mais alto deste gráfico, o climax da minha "carreira" desportiva, deu-se em Agosto de 2015, quando finalmente participei no Ultra Trail du Mont Blanc, após dois anos consecutivos em que não fui sorteado.

Ultra-Trail du Mont-Blanc – Uma odisseia entre Mercúrio e Plutão, uma viagem interior – Parte I



Já completei Trails que "objetivamente" (distância & altimetria & dificuldade do terreno) são mais dificieis do que o UTMB. No entanto, até hoje, este foi para mim o mais duro de todos em quantos participei.

Foi aquele em que me entreguei mais, aquele em que arrisquei mais, aquele para o qual fiz a mais árdua preparação, aquele em que deixei mais de mim no terreno.

Após o ter terminado, andei uns tempos abalado, a sofrer de ressaca, física mas sobretudo mental.

Para além disso, no outono de 2015 surgiram problemas pessoais que começaram a ter impacto na minha vontade de treinar e de competir.

Isso é bastante evidente no meu índice de progressão na performance da ITRA (International Trail Running Association):





O meu rating tem vindo a descer, como o da dívida pública portuguesa nos tristes tempos da Troika.


Performance, by ITRA



Best Performances:




Eis aqui as minhas 17 provas registadas na ITRA:





Mas voltando ao fio de raciocínio: para aquilatar do ponto me encontro na preparação, o ideal é efetuar uma comparação homóloga entre anos que culminaram com provas de 100 milhas (2012, 2013, 2014, 2015 e 2016):



Distância percorrida:







Desnível:




Em km-effort (com as datas das 100 milhas assinaladas):





O que salta à vista é que a preparação em 2017 foi muito mais fraca, tanto em distância como em altimetria, do que em 2015 (ponto mais alto) e até mesmo do que em 2016.

Por isso é que em 2017 não consegui completar a prova que vou abordar novamente em 2019. Como se costuma dizer: "não há milagres". #Treinasses...


Andorra Ultra Trail VallNord - Ronda dels Cims 2017 - S01E03




Agora o que tenho que fazer é ir controlando a minha progressão pelo histórico que tenho registado.

Se assim fizer, estou totalmente convicto que terei sucesso.





Outra variável fundamental, sobretudo para quem tem que subir muito, é o Peso:






Tenho que baixar cerca de 8 kg até Julho de 2019. Mesmo.

















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